Instituto Argonauta orienta sobre Pinguins de Magalhães encontrados em praias do litoral norte

O encalhe de pinguins nas praias do litoral norte é considerado normal durante esta época do ano

Entre maio e julho, um total de 39 Pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), entre vivos e mortos, foram resgatados nas praias do litoral Norte de São Paulo pelas equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) após acionamento por moradores. Os animais resgatados com vida estão sendo reabilitados na Unidade de Estabilização (UE) de São Sebastião e no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de Ubatuba do Instituto Argonauta.

O encalhe de pinguins da espécie nas praias é considerado normal para este período do ano – apesar de o número variar bastante, pois nessa época, em 2020, o Instituto Argonauta já havia recebido mais de 500 indivíduos. No inverno, os pinguins-de-Magalhães migram do extremo sul do Atlântico em direção a águas mais quentes para alimentação e podem ser vistos no litoral das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Em geral, indivíduos jovens e mais debilitados pela jornada apresentam maior risco de encalhe nas praias.

No Instituto Argonauta, aqueles que são encontrados vivos recebem os cuidados das equipes de veterinários e biólogos, que incluem a estabilização da temperatura corporal, hidratação e nutrição, que a depender do estado do animal, precisa ser feita por sonda. Também recebem vitaminas e sais minerais para acelerar sua recuperação e realizam exames para acompanhamento do estado de saúde. Infelizmente a maioria chega debilitada, e não resiste às primeiras horas de atendimento.

De acordo com Melissa Marcon, médica veterinária do Instituto Argonauta, quem avistar um pinguim em situação de encalhe nas praias do litoral Norte de São Paulo deve recolher o animal cuidadosamente e acionar imediatamente as equipes do Instituto Argonauta. “Eles chegam bastante debilitados, com quadro de hipotermia, anemia e parasitoses severas. Por isso, é importante que as pessoas evitem o contato direto com o animal”, afirma. Se precisar pegá-lo, segure firme com a mão direita atrás da cabeça e, com a mão esquerda, apoie a barriga. O animal pode estar agressivo, por isso é preciso cuidado com o bico, procurando mantê-lo afastado da região dos olhos.

“Até que o resgate venha, é necessário que as pessoas não coloquem o animal em geladeiras ou caixas de isopor ou com gelo – pelo contrário, o ideal é mantê-lo aquecido em uma caixa de papelão, envolto em uma toalha ou jornal, e evitar alimentar o animal”, afirma o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta.

Sobre o Instituto Argonauta


O Instituto Argonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

Sobre o PMP-BS

O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.

Para maiores informações consulte www.comunicabaciadesantos.com.br

Seja um Argonauta!

Venha conhecer o Museu da Vida Marinha, na Avenida Governador Abreu Sodré, 1067, Perequê-Açu, Ubatuba/SP, aberto diariamente.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833.4863 – 3833.5789/ (12) 3834.1382 (Aquário de Ubatuba)/ (12) 3833.5753/ (12) 99705.6506 e (12) 99785.3615 – WhatsApp.

Também é possível baixar gratuitamente o Aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.


A base do Instituto está situada na Tv. Baitacas, nº 20, bairro Perequê-Açu, Ubatuba/SP – CEP 11680-000.

Conheça mais sobre o belo trabalho realizado pelo Instituto Argonauta através do site www.institutoargonauta.org

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